pietàs

Cinema - Ética e Estética

Nenhuma postagem.

Pietàs: Fuga ou Máquina de Guerra

No cinema, analisa-se o comportamento ético e sua implicação estética, resultando em um acontecimento que foge do controle - pietás. Esta fuga (ou linha de fuga) será demarcada como processo de desterritorialização: um máquina de guerra.

Pietàs

Trata-se de um acontecimento, mesmo que reduzido que foge do controle. Desterritorialização - se territorializar é controlar o espaço, desterritorializar passa a ser algo que está sob relativo ou total descontrole. Porque, etimologicamente, território deriva de terra como terrere (amendrontar), um o lugar onde as pessoas são expulsas pelo medo.

Ético: êthos

A ética se opõe a toda moral que apresenta certo número, que apresenta certo número de regras coercitivas referindo-se a valores transcendentes como o certo e o errado. No entanto, a ética é um conjunto de regras facultitativas, em função do modo de existência que isso implica. A lei é sempre instância transcendente que determina a oposição dos valores Bem-Mal, mas o connhecimento é sempre a força imanente que determina a diferença qualitativa dos modos de existência bom-mau. Êthos é também Morada, mas ao mesmo tempo maneira, pátria e estilo - há toda uma arte dos comportamentos, silhuetas, passos e vozes. Êthos é, portanto, uma Morada Habitual, o hábito, a morada em que ele se encontra sempre.

Contador de Visita

contador de visitas

Estética: askésis

Quais são nossos modos de existência, estilos de vida, nossas possibilidades ou processos de subjetivação: será que temos maneiras de nos constituirmos como 'si', e maneiras suficientemente artistas, como diria Nietzsche? O estilo é, para todo grande autor, sempre também um estilo de vida, nada pessoal, mas trata-se da invenção de uma possibilidade de vida, de um modo de existência.

Ética e Estética

Nesta perspectiva o ético produz o estético (como modo de subjetivação), assim como o estético se apropria do ético (como morada habitual). Destacam-se, sobretudo, as transformações incorpóreas que se percebem no agenciamento de corpos, como o mais desterritorializado, as máquinas da guerra.

Agenciamentos

Todo agencimento é, em primeiro lugar, territorial. A primeira regra concreta dos agenciamentos é descobrir a territorialidade que envolvem, pois sempre há alguma: dentro da sua lata de lixo ou sobre o banco, os personagens de Beckett criam para si um território. Descobrir os agenciamentos territoriais de alguém, homem ou animal: 'minha casa'. (Deleuze e Guattari. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. vol.5. São Paulo: 34).

Hecceidade

Um acontecimento que escapa do controle (pietàs) pode ser compreendido por uma individuação sem sujeito (hecceidade). Uma hecceidade é analisada, decomposta por uma dupla coordenada entre relações diferenciais de potência ou força (latitude de um corpo) e por movimentos e repousos, lentidão e velocidade (longitude de um corpo). Dessas coordenadas resultam uma linha de fuga marcada por perigos, mortes e traições: um verdadeiro processo de desterritorialização.

Analytics

Referências

Pensadores que contribuíram para a análise dos filmes: Gilles Deleuze, Féliz Guattari, Claire Parnet, Michel Foucault, Giorgio Agamben e Homi K. Bhabha.

Alguns dos diretores dos filmes analisados: Martin Scorsese, Stanley Kubrick, Lars Von Triers, Quentin Tarantino, David Fincher, Ridley Scott, Jean-Luc Godard entre outros.

Seguidores

Quem sou eu

José de Souza Júnior.: Outro brasileiro.

Ver meu perfil completo

Não-Lugar

Os não-lugares de Marc Augé, na quintessência da viagem, são visto como um consumo da narrativa, mas pode ser compreendido como incorporação de enunciação, que talvez pode ser produzida por uma máquina de guerra contra uma forma de Estado, por exemplo, organizações criminosos, crimes passionais, teoria da conspiração, bandos e grupelhos - na perspectiva foucaultiana de uma guerra intestina, surda, interna ou micropolítica.

Modos de Vida Marginais

Gênero de vida de Vida la Blache ou propriamente os Stände de Pierre Bourdieu, de grupos marginais e excluídos, que acabam com o seu direito suspenso por um tipo de Estado que os capturam, não apenas por sua contraposição, mas por seus hábitos, costumes, vestuários, comportamentos que hábitos, costumes vestuários, comportamentos que desviam da norma, atingindo muitas vezes não só um caráter criminológico, mas patológico.

Transgressão e táticas de sobrevivência

Pensar uma ética como morada habitual de Agamben numa ótica do oikos e do nomos ou numa economia política, que nem sempre corresponde a uma moral, mas a atos facultativos, que acabam permitindo transgressões às leis, que geralmente são penalizados, no entanto são estimulados entre as relações sociais, seja por promover sensações de prazer, seja por táticas cotidianas de sobrevivência.

Tema Viagem. Tecnologia do Blogger.